Não é mais novidade que a tecnologia transformou a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Mas, no Vale do Aço, ela também está salvando vidas – e reinventando o futuro da saúde pública e privada. De hospitais a startups, a região vive um movimento silencioso, porém potente, de integração entre bits e bytes com bisturís e prontuários. E os resultados são impressionantes.
No Hospital Márcio Cunha (HMC), por exemplo, a inteligência de dados já é realidade no centro cirúrgico. Painéis de Business Intelligence (BI) ajudam a equipe médica a prever lotações, reduzir tempo de espera e otimizar o agendamento de cirurgias. Só em 2025, mais de 4,5 mil procedimentos cirúrgicos foram realizados pelo SUS com apoio dessas ferramentas – um aumento de 12% em eficiência operacional. Do agendamento à alta, cada minuto poupado é um passo em direção a um sistema mais ágil e humano.
Mas a revolução não para por aí. A telemedicina ganhou força permanente na região, especialmente após a pandemia, e hoje conecta especialistas de Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano a pacientes de dezenas de cidades do interior. Idosos com doenças crônicas são monitorados à distância; gestantes de alto risco têm consultas virtuais com obstetras de referência; e até mesmo a psicologia encontrou na tela um canal de acolhimento.
E que tal falar de inteligência artificial? No HMC, algoritmos já auxiliam radiologistas na análise de exames de imagem, aumentando a precisão de diagnósticos de câncer e reduzindo o tempo de laudo em 30%. Enquanto isso, uma startup incubada no Parque Tecnológico de Ipatinga desenvolve um software de prontuário eletrônico que usa machine learning para alertar médicos sobre possíveis interações medicamentosas ou alergias – tudo com base no histórico do paciente.
Os desafios? Ainda existem. A integração de sistemas antigos com novas plataformas, a escassez de mão de obra especializada em TI na saúde e a segurança de dados são obstáculos reais. Mas também são oportunidades únicas para empresas, universidades e profissionais que queiram inovar. Cursos como os de Engenharia Biomédica e Sistemas de Informação do Unileste já incluem disciplinas específicas sobre HealthTech – e os alunos são disputados a tapa pelo mercado.
O futuro já chegou – e tem código-fonte, algoritmo e muito impacto social. A pergunta que fica é: sua empresa, seu talento ou sua carreira estão prontos para essa transformação?