O colesterol elevado, responsável por 30% das mortes por doenças cardiovasculares no Brasil, age silenciosamente e já atinge 40% da população adulta. Médicos reforçam que exames de rotina e mudanças no estilo de vida são a chave para reverter esse cenário.
Colesterol Alto: A Pandemia Invisível que Desafia o Brasil
Dados do Ministério da Saúde revelam um cenário alarmante: em 2022, 392 mil brasileiros morreram vítimas de doenças cardiovasculares ligadas ao colesterol alto — uma morte a cada 90 segundos. No Dia Mundial de Combate ao Colesterol (8 de agosto), especialistas destacam que o diagnóstico precoce poderia evitar boa parte dessas tragédias.
Por que o colesterol é tão perigoso?
Assintomático, o excesso de LDL (colesterol “ruim”) forma placas de gordura nas artérias, elevando o risco de infarto, AVC e angina. “O corpo sofre em silêncio. Quando os sintomas aparecem, já é emergência”, explica o cardiologista Dr. Bruno Nunes, do Hospital Márcio Cunha (MG).
Fatores de risco e prevenção
- Alimentação: Gorduras trans (fast food, industrializados) aumentam o LDL, enquanto fibras (aveia, frutas) e gorduras boas (azeite, peixes) protegem o coração.
- Sedentarismo e obesidade: 1 em cada 3 crianças brasileiras já está acima do peso, cenário que antecipa riscos cardiovasculares.
- Genética e idade: Exames devem começar aos 20 anos (ou antes, com histórico familiar).
O papel do SUS e hospitais de referência
O Hospital Márcio Cunha, referência em cardiologia, oferece check-ups acessíveis e campanhas de prevenção. “Exames de sangue simples salvam vidas”, reforça Dr. Bruno. Pacientes do SUS podem iniciar o monitoramento nas Unidades Básicas de Saúde.
Mudança de hábitos: pequenos passos, grandes resultados
- Trocar frituras por grelhados;
- Incluir 30 minutos de atividade física diária;
- Dormir bem e controlar o estresse.
“O colesterol não avisa, mas o exame avisa. A prevenção é o melhor remédio”, conclui o cardiologista.
“Você sabia?
- 40% dos adultos brasileiros têm colesterol alto;
- 30% das mortes por doenças do coração estão ligadas ao LDL elevado;
- Exames de sangue podem detectar o risco antes dos sintomas.”